
Salve, salve!
A imagem acima mostra a importância de um evento como a Adventure Sports Fair (ASF). O público lotou as palestras e oficinas em busca de conhecimento para começar ou aprimorar sua prática esportiva. E nas oficinas que dei, sobre como começar no cicloturismo, tinha de tudo: ciclistas, corredores, escaladores e mergulhadores que amam a bicicleta e querem se aventurar por distancias maiores. E as principais dívidas eram sobre qual bicicleta comprar (algo que pouquíssimas lojas sabem indicar corretamente) e sobre roteiros de viagens para iniciantes (um tanto raro no Brasil).E é com base nesta procura que eu e o André Schetino, do Até Onde Deu pra Ir de Bicicleta, criamos o Curso de Cicloturismo, que vai rolar aqui em Floripa no começo de novembro.

Além desta boa experiência de repassar conhecimento e incentivar as viagens de bike, a ASF também foi muito bacana para fazer contato com marcas, outros ciclistas e os blogs da Rede de Blogs Outdoor, da qual o Pedal Nativo faz parte. Papos de grande valia, que confirmaram, por exemplo, a tendência, quase obrigação, da produção de vídeos em paralelo aos textos e fotos. E que provocaram a minha sede de aventura, semeando o projeto de uma grande viagem para o próximo ano. Trata-se de uma rota desafiadora, por belas e altas paisagens européias. Mais pra frente vou revelar detalhes do projeto.

Ao longo dos quatro dias que fui ao evento, me dediquei ainda a ajudar no atendimento ao público que visitava o estande do Clube de Cicloturismo do Brasil, do qual sou voluntário. Nosso canto era tão simples que chamava a atenção entre as enormes estruturas dedicadas a carros, jipes e afins. Porém, quem passou por lá encontrou gente boa de papo, que sabe do assunto que está sendo exposto. E foi neste ambiente que ocorreu um memorável encontro entre grandes cicloturistas.

André Fatini, que pedalou do Alaska ao Brasil (e foi assunto de um post inspiradíssimo), Arthur Simões, que deu uma volta ao mundo de bicicleta e conta as suas passagens como ninguém, e Danilo Perrotti, que também girou o globo e inspirou a muitos com o seu livro Homem Livre, estiveram no estande no mesmo momento. Quem passou por lá na tarde de sábado (15) aproveitou para conhecer e trocar ideias com estas figuras.

Mas nem tudo era maravilhoso no pavilhão da Expo São Paulo. Como bem observou o cicloturista Guilherme Cavallari, a feira tinha demasiado espaço para “assistidas” e área menor para as mais radicais. “Na ASF 2016 senti a pressão do excesso de “filtros”. Havia mais carros e motos do que bicicletas, mais pneus do que botas…”, afirmou Cavallari em postagem no seu blog, com a qual este escriba concorda totalmente.

Acertos e erros computados, vejo um saldo muito positivo na ASF de 2016. Dá gosto de confirmar o interesse do público pelo cicloturismo, mesmo em um estande minimalista, e é muito bacana a troca de experiências com outros aventureiros. Sem falar no famoso networking, que não se repete com esta intensidade em nenhum outro evento nacional. E que venha a ASF 2017, ainda mais forte e com mais espaço para segmentos como o ciclismo!

Uma daquelas pessoas ali sentada no chão era eu 🙂 não perderia a palestra por nada. Obrigada Fabio por compartilhar o conhecimento e experiência, e pelas dicas. Isso nos move!
Bacana, Gabriella.
No que mais precisar de ajuda é só falar!